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É moderadamente tóxico com efeitos tóxicos agudos, incluindo a irritação da pele, olhos, mucosas do trato respiratório superior e estômago. A exposição repetida e prolongada podem causar secura e rachaduras da pele e dermatite de contacto. A inalação prolongada de lauril sulfato de sódio (LSS) irá causar danos nos pulmões, provocando a sensibilização pulmonar que origina disfunção das vias aéreas e alergia pulmonar. Estudos em animais mostraram que a administração intravenosa causa marcados efeitos tóxicos para o pulmão, rim e fígado. As reações adversas ao lauril sulfato de sódio em produtos cosméticos e formulações farmacêuticas dizem sobretudo respeito a relatos de irritação para a pele ou com os olhos após a aplicação tópica. Os efeitos histopatológicos do LSS dependem da concentração, modo de aplicação, espécies, fatores interindividuais, tempo de exposição, entre outros. [7]


​​        Na pele
O
estrato córneo (SC) - camada mais externa da epiderme - é uma estrutura bifásica proteína- lipídica, de 10-20 mm de espessura na maioria das superfícies do corpo humano. Apresenta-se como a barreira limitante da velocidade com que um composto tem de penetrar ao entrar na pele. A análise do mecanismo de penetração em moléculas através da SC é valioso para avaliar a toxicidade de certas substância. Anteriores abordagens afirmam que a energia livre de transferência do soluto é feita em função do tamanho, polaridade e o
contributo dos grupos funcionais. [7]




































​       O papel do LSS como irritante
Quando aplicado topicamente, LSS é um irritante agudo, por um efeito citotóxico direto sobre os queratinócitos, afetando tanto estruturas lipídicas como proteínas. Pensou-se previamente que os solventes removiam material lipídico intracelular resultando numa disfunção cutânea da barreira. No entanto, estudos posteriores mostram que tratamentos com LSS alteraram a qualidade e não a quantidade de lípidos do estrato córneo, pois provoca uma diminuição do ponto de fusão dos lípidos e um aumento da difusão de água. LSS também desempenha um papel de desorganização na bicamada lipídica, na desnaturação de proteínas, no aumento da absorção de água pelo SC e inchaço dos corneócitos . Contudo, após exposição a 0.5% de LSS, o extrato córneo manteve os arranjos lamelares regulares de lipídos. Assim, em baixas concentrações, este não altera a estrutura lipídica existente mas influencia a síntese de novos lípidos.
O aumento da hidratação do estrato córneo é devido ao desenrolar de uma alfa- hélice da
queratina, que se desdobra e, em seguida, restaura incompletamente ficando com defeitos funcionais. Esses defeitos, pensa-se, que seja devi
da ao facto de causar uma redução na capacidade de ligação de água fazendo com que os sintomas clínicos sejam rugosidade e dramática secura da pele. O pré-tratamento com LSS na irritação permite maior penetração de um segundo irritante por alteração da integridade da barreira mecânica da pele. Hoje em dia, o LSS é usado como modelo irritante! [1],[7]


Aplicações de LSS entre 24 e 72h induzem espongiose (edema intercelular), formação de vacúolos intracelulares e acumulação de lípidos e necrose em casos mais severos. Também se verificam paraqueratoses - perturbação da queratinização da pele, caracterizada pelo desaparecimento da sua camada granulosa e pela persistência de células com núcleo na sua camada córnea. Manifesta-se pela produção de escamas (como no eczema e na psoríase). Alteração dos queratinócitos associadas a alterações imunes também costumam a resultar da aplicação de LSS. Esta substância provoca ainda o influxo de leucócitos para a epiderme e derme acompanhada de muitas reacções, edema e degeneração do colagénio.
[7]

Mecanismo de Toxicidade 

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